A felicidade

O Tom Jobim disse numa canção que a felicidade é: Como a plumaQue o vento vai levando pelo arVoa tão leve, mas tem a vida brevePrecisa que haja vento sem parar… Desde que nascemos, somos influenciados para buscar a felicidade, mesmo sem saber exatamente o que ela seja e onde esteja. Ao longo da vida,Continuar lendo “A felicidade”

É que eu tava nervoso… 2

Na minha primeira semana de trabalho na CBA, eu conheci muita gente. Eram tantos rostos e nomes, que para não esquecê-los, eu os anotava na minha caderneta de bolso. Das pessoas que conheci naquela semana, um nome no entanto, me marcou tanto,  que nem precisei adicioná-lo ao meu caderninho. – Nos anos 80, Steve JobsContinuar lendo “É que eu tava nervoso… 2”

É que eu tava nervoso…

Para mim, que na época era um engenheiro recém formado, conseguir um emprego na CBA, no auge da crise de emprego dos anos 80, foi um presente do tio Ossamu. Um dia ele ligou no posto Caiomar, no final de julho de 1988: -Mário, deixa eu falar com o Rui. -Ossamu, ele está abastecendo umaContinuar lendo “É que eu tava nervoso…”

Shit happens

Sabe aqueles dias em que tudo dá errado? Ontem estava pescando aqui no sítio Duas Alegrias. Pois é, se as linhas com anzóis não se enroscavam no fundo do lago, pegavam uma moita de bambu fora dele. O pior, é que a pescaria estava com ação, o que aumentou ainda mais a minha frustração. DeContinuar lendo “Shit happens”

Mensagem de final de ano do Rui

Felizmente mais um dezembro chegou na minha vida. Só isso já seria um bom motivo para comemorar. Estar vivo e com saúde é uma benção de Deus! A minha asma com aquela tosse sem fim que me incomodou no primeiro semestre, desapareceu da mesma forma que chegou. Já a dor no meu quadril esquerdo sumiuContinuar lendo “Mensagem de final de ano do Rui”

Rex e eu

Quando menino, eu passava as minhas férias de verão no sítio da minha batian ( vó em japonês) na Colônia de Lorena nos arredores de Londrina. Diferente das roças da minha região aqui de Minas Gerais, cuja vocação é o gado de leite, no sítio de Lorena, a plantação de café tomava conta da paisagemContinuar lendo “Rex e eu”

Divagando um pouco com vocês

Do Léxico.pt, divagar é:1. Caminhar ou passear sem destino, rumo ou orientação; deambular ou vagar;2. Desviar-se do tema central; afastar-se do assunto que está a ser discutido ou debatido;3. Ato de sonhar, idear ou fantasiar.(Etm. do latim: divagāri) Aos 12 anos, eu já tinha o hábito de divagar. Eu me lembro de ficar deitado noContinuar lendo “Divagando um pouco com vocês”

E Lalado não conheceu o mar…

Aqui nas Minas Gerais, Antônio é chamado de Tonho ou Toninho, Joaquim é Quinzinho e Geraldo é Lalado. Se for Geralda fica Lalada. Pois bem, Lalado ou Geraldo Cândido Resende, foi por 12 anos meu amigo e parceiro do Sítio Duas Alegrias, na localidade Cerrado em Desterro de Entre Rios. Por ser meu vizinho, aContinuar lendo “E Lalado não conheceu o mar…”

As redes sociais

Depois de quase 5 anos, voltei ao aeroporto de Confins em BH. Desta vez não era para embarcar nos vôos CNF – VCP e CNF – CGH que eu estava acostumado a pegar toda santa semana, e sim para uma viagem de férias ao Nordeste com a família. Pouco ou quase nada mudou no saguãoContinuar lendo “As redes sociais”

Cigarra ou formiga?

Vivi a minha vida inteira no dilema: Ser cigarra ou formiga. Como na fábula, temi ser a cigarra, que após curtir o verão cantando, sente fome e frio no inverno e ouve da sua amiga formiga a negativa de ajuda. E pior ainda, recebe dela uma lição de moral por ter cantado todo o verão,Continuar lendo “Cigarra ou formiga?”

Qual a sua narrativa, o seu propósito?

No livro: Os melhores últimos dias da minha vida, do qual fiz menção na minha mensagem de final deste ano, o jornalista Gilberto Dimenstein, escreveu: ” A coisa mais importante para um ser humano é a sua narrativa, o seu propósito. Sem narrativa, somos como um ator no palco sem saber o roteiro. Se perdemosContinuar lendo “Qual a sua narrativa, o seu propósito?”

O arco-íris

Nesta semana, eu, como muitos de vocês, se depararam com um homem grávido dando luz a um bebê nas manchetes dos jornais! Na verdade, era um homem trans que havia engravidado da esposa, que é uma mulher trans. Eu já havia visto alguns outros casos como esse, mas foi a primeira vez que me interesseiContinuar lendo “O arco-íris”

Sinal dos tempos

Há alguns meses, aprendi finalmente a “rolar” os reels do Instagram e stories do Facebook, aqueles vídeos curtinhos de alguns segundos de duração. Percebi em pouco tempo que esse hábito se tornou um vício na minha rotina diária, como se fosse uma coceira gostosa, mas incômoda por carregar um quê de culpa por “perder” meuContinuar lendo “Sinal dos tempos”

Pais e filhos

No poema Enjoadinho, Vinícius de Moraes escreveu: Filhos, filhos?Melhor não tê-los!Mas se não os temosComo sabê-los? Quando vejo nas raras vezes que vou ao shoppping, meninos(as) mimados(as) dando piti e sendo gentilmente arrastados(as) pelos pais no corredor, eu me lembro de um outro verso do Poetinha em Cotidiano 2 Acordo de manhã, pão com manteigaEContinuar lendo “Pais e filhos”

Finalmente me aposentei e agora?

O “finalmente” no título acima soa como um peso que é deixado para trás, mas há quem lamente ter que se aposentar um dia, por amar tanto o que fazem. Eu admito sentir uma inveja danada de quem é deste grupo. Puxa, servir à sociedade, ser útil e reconhecido por ela, ganhar dinheiro e deContinuar lendo “Finalmente me aposentei e agora?”

Watashitachi wa onaji Hotoke no kodomodesu

Fazia muito calor no corredor mal iluminado do predinho de quatro andares do bairro Renascença II em São Luís MA. Com o molho de chaves nas mãos e o suor já começando a escorrer pela testa, eu experimentava cada chave na tentativa de finalmente abrir a porta da sala do apartamento de três quartos, suíteContinuar lendo “Watashitachi wa onaji Hotoke no kodomodesu”

A Felicidade

Quero crer que não há quem não busque a felicidade nesta aventura chamada de vida. Este fato quem sabe, seja uma fuga para uma questão essencial que mesmo sem perceber nos aflige: Qual a finalidade da existência humana? Como não encontramos uma resposta universal para essa questão tão fundamental e isso nos traz uma enormeContinuar lendo “A Felicidade”

Volatilidade

Ao pé da letra, volátil é tudo que pode voar como os pássaros. Na química é aquela substância que evapora, transforma em gás ou vapor em temperatura ambiente. Gasolina, é um bom exemplo disso. Já no sentido figurado é sinônimo de variável, volúvel, inconstante ou instável, muito utilizado em finanças para caracterizar o atual mercado deContinuar lendo “Volatilidade”

Amizade de infância

Esta semana li uma crônica da escritora gaúcha Josaine Airoldi, que me tocou para a questão de amigos de infância que se reencontram na vida adulta. Amigos de infância por um tempo inseparáveis, muitas vezes se perdem um do outro ao longo da vida por mudança de endereço, interesses, afinidades, ou ainda se dispersam naContinuar lendo “Amizade de infância”

Este restinho de ano não dá mais nada…

Era com essa frase que o meu saudoso e querido amigo Agostinho Vallerini, o nosso Gustão, nos saudava no primeiro dia de trabalho do ano na CBA, deixando claro as suas enormes expectativas para o ano que ora se iniciava. Se ainda estivesse entre nós, Gustão iria concordar comigo que o seu pessimismo cairia comoContinuar lendo “Este restinho de ano não dá mais nada…”

Qual a maneira certa de enterrar a sua sogra?

Com o caixão de ponta cabeça… porque vai que ela tenha catalepsia, acorde e consiga sair do caixão, pelo menos ela cavará terra abaixo em direção ao Japão! A sogra normalmente habita o imaginário de genros e noras, como aquele ser que veio de contra-peso no combo só pra fazer volume, que insiste em arruinarContinuar lendo “Qual a maneira certa de enterrar a sua sogra?”

Ansiedade, muito sofrimento por nada

Hoje que tenho mais passado que futuro, lamento não ter aproveitado melhor as oportunidades que tive na vida por conta da maldita ansiedade. Foi muito tempo perdido por preocupações e temores infindáveis em situações para mim potencialmente ameaçadoras, mas racionalmente sem sentido. Do Wikipedia, selecionei as duas melhores definições que encontrei para esse sentimento: 1)Continuar lendo “Ansiedade, muito sofrimento por nada”

Os norte-americanos sob a vista do meu ponto

Ontem eu tive a feliz notícia que o meu amigo João está partindo para os EUA com a sua família em breve. Essa boa – nova me inspirou a escrever sobre a impressão que tive desse povo e do país, no período que trabalhei lá em 2005. E quem sabe isso possa ser útil paraContinuar lendo “Os norte-americanos sob a vista do meu ponto”

Você é honesto(a)?

Se alguém me perguntasse agora de chofre: “Rui, você é honesto?” Eu diria, “acho” que sim! Eu acredito que nunca estarei convicto da minha honestidade ou integridade, porque tenho uma dúvida cruel desde menino se ela é digital ou analógica. Se a honestidade for digital , 0 ou 1 ou ainda 8 ou 80, euContinuar lendo “Você é honesto(a)?”

Segunda feira

Sempre odiei a segunda feira … bom até aí nenhuma novidade. Bilhões de terráqueos como eu, também odeiam com ardor esse dia da semana. Os mesmos que como eu, também amam a sexta feira, que foi eternizada pelo meme sextou, cujos créditos são de Safadão ou Bunitinho? , que os gringos torcem o nariz porqueContinuar lendo “Segunda feira”

11/09, onde você estava?

Com o Fabio Blanco, meu amigo ainda virtual, jornalista e consultor deste blog, aprendi o que é um gancho no jornalismo: O gancho é uma estratégia criada no jornalismo para conectar assuntos de uma matéria a acontecimentos do dia a dia ou recentes, para que a abordagem pareça sempre atual. Hoje 11/09/2021, 20 anos após o ataquesContinuar lendo “11/09, onde você estava?”

Relato de um obeso crônico

Sou gordinho desde que me conheço por gente … Eu fui magro somente até os oito anos, quando eu tive a hepatite tipo A (daquele tipo que a gente faz xixi da cor de conhaque), que me obrigou a ficar num quarto isolado de tudo e de todos por dois meses. Nesse período, eu sóContinuar lendo “Relato de um obeso crônico”

Tibúrcio

Existem chefes que passam pela vida da gente que deixam marcas e outros vão mais além e deixam também cicatrizes. Tibúrcio foi um desses últimos. Embora eu não me reportasse diretamente a ele na refinaria de alumina, era como se ele fosse o meu chefe. Aliás, na prática, ele era o chefe desde o operadorContinuar lendo “Tibúrcio”

A mudança

Aprendi com o Montoro, meu querido amigo mestre em estatística que a única coisa certa na vida é a mudança. Algum leitor discordará e dirá que é a morte, mas ela é uma mudança também, com certeza a maior que teremos! É muito comum, o mundo corporativo insistir na mudança porque não mudar significa permanecerContinuar lendo “A mudança”

Concorrência desleal

Depois de um ano, terminei de ler o romance Crime e Castigo de Dostoiévski. Foram muitas idas e vindas, mas finalmente na semana passada, terminei de ler esse romance tão famoso. Mas porque eu demorei tanto tempo para devorar as 500 e tantas páginas do livro que é muito intenso e delicioso de se lerContinuar lendo “Concorrência desleal”

A ilusão da vida

Ontem, quando a enfermeira do posto de saúde aqui em BH aplicava os 0,3 ml da vacina da Pfizer Covid 19 no meu braço direito eu pensei … Se o Thiago, meu sobrinho de Catalão – GO e Giuliano, meu vizinho de Alumínio – SP, que vi crescer desde a infância, tivessem tido essa bençãoContinuar lendo “A ilusão da vida”

O Curió ( Oryzoborus angolensis )

Quando o Ernesto e Fábio, colaboradores do blog, sugeriram que eu escrevesse um texto sobre os meus passarinhos, eu confesso que fiquei em dúvida. Será que é um assunto interessante aos leitores? Depois de pensar um pouco, resolvi arriscar e pagar pra ver… Há muito tempo sou um apaixonado pelos passarinhos cantores. Não sou umContinuar lendo “O Curió ( Oryzoborus angolensis )”

Escrever, um ato de coragem

Como sou um escritor recém saído do armário aos 56 anos, que chegou atrasado às salas de aulas, tento compensar o tempo perdido fazendo cursos para melhorar a minha escrita. Me sinto como aquele rapaz ou garota, que pela necessidade de trabalhar em tenra idade, teve que abdicar dos estudos e já com a idadeContinuar lendo “Escrever, um ato de coragem”

Tia Sumile

Existem pessoas que estar junto delas me faz muito bem. É difícil explicar por que, mas acho que é um pouco de admiração, afinidade, simpatia e reverência. Mas tem um quê de espiritual, que transcende tudo isso também. A tia Sumile, irmã da minha mãe, dois anos mais velha que ela, era uma pessoa assim.Continuar lendo “Tia Sumile”

O dilema do porco-espinho

No último sábado, fez um sol lindo com poucas nuvens aqui em BH, me lembrando que o outono está pertinho. Depois de uma semana sem colocar a cabeça para fora de casa, peguei o meu fusquinha 68 Akatian e ao som da minha seleção de músicas MPB 1 no Spotify – que além de ClubeContinuar lendo “O dilema do porco-espinho”

12 aviões A 320 e 26 teco-tecos

Ontem, 10/03/21, foi um dia muito triste para todo o Brasil. 2349 pessoas foram mortas pelo covid 19 – incluindo o eng Valentino, meu colega na CBA e o pai do Marcos da Vânia, nossos amigos de Maringá – , novo recorde diário de mortos pela doença. Esse trágico número equivale a 12 aviões AContinuar lendo “12 aviões A 320 e 26 teco-tecos”

Como é ser um japonês (nikkei) no Brasil

Quando eu era pequeno, por pouco tempo, eu ingenuamente acreditei que Deus só tinha feito japonês e colocado na Terra. Nascer e viver em colônia dá a impressão desta bolha. Isso deve valer também para as colônias alemãs, italianas e outras. No meu caso, eu só via japonês na minha frente. Era em casa, naContinuar lendo “Como é ser um japonês (nikkei) no Brasil”

O chinês, o americano, o inglês e eu

A posição de executivo peão me deu a oportunidade de viajar pelo mundo afora de graça. Me proporcionando experiências em diversos países e conhecer pessoas de diferentes culturas. Quando viajo a um país desconhecido, pouco me preocupo com roteiros de pontos turísticos ou a história do lugar, isso não é importante para mim. Meu negócioContinuar lendo “O chinês, o americano, o inglês e eu”

A Tecnologia na minha vida

Em 1972, eu tinha apenas oito anos. Lembro como se fosse hoje, o tio Kentian trazendo um gravador / toca fitas Panasonic para ser apresentado à família. Ficamos todos eufóricos, porque até então tínhamos apenas o rádio AM e OC e a televisão preto e branco nas nossas vidas. Na sala da casa da minhaContinuar lendo “A Tecnologia na minha vida”

O meu epitáfio

Ontem, 03 de fevereiro de 2021 , perdi mais dois amigos pelo Covid 19. O Gilberto boiadeiro que trabalhou comigo na CBA e a dona Berenice, que foi uma quituteira de mão cheia em Catalão. Além deles, essa doença já levou embora alguns outros amigos e familiares desde o ano passado. Como a Márcia, minhaContinuar lendo “O meu epitáfio”

Dr Antônio e eu

Dr Antônio foi o meu primeiro patrão depois que eu me formei em engenharia química no ano de 1988. Doutor era o título que ele tinha, apesar de não ser médico nem ter feito doutorado. Entendi que quem possuía um patrimônio acima de 1 bilhão de dólares como ele, merecia ser chamado de doutor …Continuar lendo “Dr Antônio e eu”

Meu ouvido zero absoluto e relativo

Como lhes contei no meu texto de apresentação ao blog, nasci em dezembro de 64. Me considero uma mistura de  baby boomer com geração X, porque  fui parido bem na transição entre as duas gerações. Me dei conta que eu existia neste planeta aos 7 anos mais ou menos. Foi nesse tempo, que eu comecei aContinuar lendo “Meu ouvido zero absoluto e relativo”

Grupos de Whatsapp, um campo minado

Sou, assim como todos vocês devem ser,  usuários do Whatsapp, Telegram  ou ainda de outros  aplicativos ou apps que desconheço, cuja proposta é parecida, ou seja,  a hiper conectividade entre as pessoas. Essa ferramenta se tornou rapidamente muito importante na vida pessoal e profissional das pessoas, alguns dirão  até essencial na vida dos terráqueos. SóContinuar lendo “Grupos de Whatsapp, um campo minado”

Continuo o mesmo

A sala do consultório estava vazia, já passava das 19 horas. Estávamos  pelo menos meia hora atrasados para a minha consulta, lembrei de uma  consultora de gestão organizacional.. Você é protagonista ou vítima  das situações? É, pisei na bola, poderia ter saído antes de casa, refleti.  – Ele aguardou 15 minutos pela última consulta que seria a sua  e se foi.Continuar lendo “Continuo o mesmo”